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Em alta, Brega de Pernambuco vem ganhando força

Foto do escritor: Escrito por Gabriel PachecoEscrito por Gabriel Pacheco

"Não deixe o brega morrer, desse jeito pode acabar, escrevam letras bonitas pra que eu possa cantar". Essa é a letra de uma música de Brega da Banda Aparências, que marcou o movimento nos anos 2000. Essa canção, depois de tanto tempo, parece que surtiu efeito e, finalmente, foi escutada pelas autoridades que incluíram, no último dia 19, por meio da Lei estadual nº 14.679, de 24 de maio de 2012, o Brega como expressão cultural genuinamente pernambucana. Uma vitória para os artistas que carregam esse ritmo nas costas há muito tempo. Se antes eles ficavam de ‘fora’ do carnaval e do são joão, por exemplo, agora eles poderão inscrever suas bandas para que, assim, possam tocar nas festividades promovidas e custeadas pelo estado.


Além disso, foi firmado nesta quarta-feira, 23 de agosto, no edf. Pernambuco, localizado no centro do Recife, o que podemos chamar de: 'Consolidação do Brega'. Foi o dia em que o jornalista e professor da UFPE, Thiago Soares, lançou o livro 'Ninguém é perfeito e a vida é assim', que teve incentivo do Funcultura.


Com aproximadamente 200 pessoas no local de lançamento, os presentes contaram, também com a presença das artistas Michelle Melo e Palas Pinho, da banda Ovelha Negra; que agraciaram o público cantando trechos de suas mais famosas músicas. "Conheço Thiago há muito tempo, fico muito feliz com o reconhecimento devido que as pessoas estão dando para o Brega. Foi por conta do Brega que eu me tornei uma mulher forte. Ser mulher nunca foi fácil, imagina cantar músicas de duplo sentido - sem frescura - cantar a liberdade do seu corpo já naquela época?", Falou Michelle.

Acredita-se que esse livro não poderia ter vindo numa melhor hora, principalmente porque agora o que mais veremos na televisão serão as pessoas tentando entender se é certo ou errado o Brega ser reconhecido, por lei, cultura de Pernambuco. Diante disso, veja o que Thiago Soares nos diz em 'Ninguém é perfeito e a vida é assim': "[.....] Poderia se afirmar que o mundo bregueiro, assim como o do funk, forró e do tecnobrega, colocaram em cena (para desespero dos setores mais conservadores da sociedade) o Outro, isto é, oferece visibilidade aos atores oriundos das camadas menos privilegiadas da população, os quais ganham protagonismo e reivindicam espaço para suas demandas [...]" Sendo assim, reafirmando um recente depoimento da cantora Michelle Melo, podemos dizer que: "Mesmo que você não goste do ritmo, você tem que respeitá-lo".

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